Os belos textos a seguir foram extraídos do ABC Life, página na qual pessoas contam suas experiências em lidar com a morte de parentes queridos, amigos especiais ou outras pessoas significativas em suas vidas. Elas contam como foi “estar lá”. Falam de gratidão, de carinho, e de se sentirem abençoadas por poderem oferecer alívio. Falam desses momentos finais como presentes, em suas vidas e nas daqueles que estavam prestes a partir. Conexões que não podem ser explicadas. São para serem vivenciadas. É preciso, literalmente, estar lá.
“É uma verdadeira honra e um privilégio estar com uma pessoa que está terminando seus dias na Terra. Seja forte e tenha a coragem de dizer o que você precisa, diga adeus. Chore, ria, fique em silêncio, reze, respeite crenças culturais. O mais importante é simplesmente estar lá.”
(Shelley, com seus pacientes)
“Eu não me senti constrangido por estar lá durante a última respiração deles, ou em permanecer sentada ao seu lado após terem partido. Eu apenas senti que isso foi um dos maiores presentes que eu poderia dar a eles. Estar ali, oferecer conforto e mostrar o quanto eles foram amados até o fim de suas vidas.”
(Justine, com seus pais)
“Permanecer sentada com minha mãe quando ela morreu de câncer aos 62 anos e com meu pai quando ele faleceu aos 84 foram experiências gratificantes, por mais estranho que possa parecer. Estar com alguém que os amava trouxe conforto a eles. Ambos estavam receosos a respeito de estarem sozinhos e deixarem a família. Houve pouca conversa. Mas apenas um toque nas mãos, estar ali para oferecer um copo de água, servir uma colherada de iogurte, ou preparar uma xícara de chá era tudo o que eles precisavam. Para mim foi o último presente que eu pude dar a eles.”
(Joanne, com seus pais)