Um dos indicadores-chave da disponibilidade de serviços de Cuidados Paliativos eficientes num país é o uso médio de morfina por pessoa. Há uma enorme variabilidade no consumo desses medicamentos per capita, justificada pelas numerosas barreiras à sua utilização em diversas regiões. Entre as principais dificuldade estão regulamentações demasiadamente restritivas, indisponibilidade de formulações orais, sistemas de distribuição inadequados, falta de conhecimento dos prescritos, medo/preconceito dos pacientes ou familiares, custo, entre outras.
No que diz respeito a pacientes oncológicos, o Brasil vem mostrando uma melhora significativa nos cuidados a esses pacientes, observada por exemplo no uso per capita de morfina. Apesar disso, há grande heterogeneidade nas indicações e acesso aos medicamentos no país, que deve ser minimizada através da disseminação da informação, capacitação de profissionais da saúde para lidar com Cuidados Paliativos e melhorias nas políticas públicas que regulamentam a distribuição de opióides.
A Organização Mundial de Saúde publicou, no final de 2014, um atlas com os principais dados relacionados aos Cuidados Paliativos no mundo, incluindo distribuição de pacientes com indicação de tais cuidados e indicadores de disponibilidade dos mesmos em cada região. O Atlas pode ser acessado gratuitamente no link abaixo: