Hoje recebi da psicóloga Teresa Gouveia um texto comovente, escrito por ela, no qual ela conta a história de uma paciente que, por ser ainda uma criança, não foi comunicada sobre a morte do pai. O relato dela é tão delicado que não pude deixar de publicá-lo. Ela revela o quanto uma criança pode se ressentir do fato de ter sido “poupada” de saber que seu pai morreu, e não “virou estrelinha”. Ela conta sobre os incontáveis dias em que sua paciente esperou seu pai voltar para casa, e ele nunca voltou. Fala da falta que ele fez – e faz até hoje.
Um texto lindo, que nos faz enxergar as crianças com o respeito que elas merecem. Crianças podem – e devem – participar do processo de luto. O fato de compreenderem a morte de forma diferente da nossa, e de a sentirem do seu próprio jeito, não é motivo para privá-las dessa experiência. A vida não é feita apenas de alegrias e festejos, nem mesmo para as crianças. Ignorar as percepções delas apenas retarda e aumenta sua dor.
Obrigada por compartilhar o texto, Teresa. E por favor agradeça à sua paciente pela autorização para publicar essas palavras tão delicadas.
Segue abaixo o link para o texto dela:
http://wescribe.co/t/sobre-esconderijos
Para quem quiser se aprofundar um pouco mais nas experiências em lidar com o luto, recomendo dar uma boa olhada no blog Laços e Lutos, de autoria da própria Teresa. Vale a viagem!
Boa leitura!




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