Há alguns dias, seguindo a indicação de uma amiga, conheci o site Slow Medicine, coordenado pelo médico geriatra José Carlos Campos Velho, no qual são descritos e discutidos conceitos relacionados a uma nova-velha forma de exercer a medicina. A falta de tempo nas consultas médicas e a avalanche de tecnologias oferecidas aos pacientes para compensá-la há muito já não é suficiente para satisfazer os pacientes. A duras penas, temos aprendido que fazer mais nem sempre é fazer melhor, e pode inclusive ser pior. A medicina altamente tecnicista não só desagrada aos pacientes. Ela também frustra os médicos, que sentem-se reduzidos a um solicitador de exames, ou um burocrata, do qual pouco se espera além de uma prescrição.
A Slow Medicine se propõe a resgatar a arte da relação entre médicos e pacientes, mas isso nem de longe significa desprezar os recursos tecnológicos hoje disponíveis. Trata-se, isso sim, de utilizá-los quando realmente são necessários, e não para suprir as deficiências causadas pela falta da prática médica humana adequada. O tempo que o médico dedica a seu paciente é parte importante da própria terapêutica que se seguirá. Escutar os pacientes é tão ou mais importante que analisar os resultados de sua tomografia. É o que permite que a medicina seja individualizada, mesmo que dentro de diretrizes objetivas de condutas.
Um retorno ao passado que, certamente, garantirá um futuro muito mais digno e humano.
1 de junho de 2016 às 08:38
Temos certeza absoluta que a prática desta atitude além de trazer maior conforto aos pacientes, poderá oferecer aos profissionais maiores informações absolutamente necessárias para a boa condução da terapêutica. Sabemos também que irá depender dos “profissionais” que vem na medicina um ato de “servir”, para alguns já em desuso.
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2 de julho de 2016 às 20:32
Concordo totalmente com vc!
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8 de junho de 2016 às 12:52
Republicou isso em eliparadae comentado:
Vamos aprender 👏🏻
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19 de junho de 2016 às 00:50
A Slow Medicine, a Oncologia e a Medicina Paliativa devem andar de mãos dadas, buscando oferecer as melhores alternativas de cuidados para os pacientes, de maneira racional e compassiva, respeitando seus valores, expectativas e sua singularidade. A informação e a democratizaçào dos conhecimentos permitem decisões compartilhadas e apontam sempre para a busca incansável de qualidade de vida e dignidade.
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19 de junho de 2016 às 00:56
A Slow Medicine, a Oncologia e a Medicina Paliativa devem caminhar de mãos dadas, buscando oferecer as melhores alternativas de cuidados para os pacientes, de maneira racional e compassiva, respeitando seus valores, expectativas e sua singularidade. A informação e a democratização do conhecimento permitem decisões compartilhadas e apontam sempre para a busca incansável da dignidade e da qualidade de vida.
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24 de junho de 2016 às 22:28
Exatamente isso! Obrigada, José Carlos! Um abraço!
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